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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

O Pincel Mágico



Era uma vez um pintor, pouco famoso como pintor, porque de arte e engenho nada tinha, mas muito famoso como mágico, porque cada quadro que pintava ganhava vida. As pessoas ficavam maravilhadas e impressionadas com tal coisa, pois nunca tinham visto nada assim, mas algumas ficavam muito desconfiadas , e até pensavam que se tratava de bruxaria.
Numa noite enquanto dormia, um grupo de homens entrou dentro de sua casa para descobrir porque é que os desenhos ganhavam vida e encontraram então apenas um pincel. Achando que era aquilo a resposta para aquele estranho caso resolveram roubá-lo.
Quando também eles experimentaram pintar um quadro com o pincel que tinham roubado ao pintor, viram que a imagem não ganhava vida, como as dos quadros do pintor. E, por mais rabiscos que fizessem, nada acontecia. Então, resolveram devolver o pincel, mas continuaram muito intrigados. O mistério permanecia…







No dia seguinte, quando o pintor foi comprar tintas, sentiu que se passava algo de estranho, pois as pessoas olhavam-no de maneira diferente.
Quando regressou a casa para pintar, notou que os seus quadros estavam diferentes. Percebeu que alguém havia remexido nas suas coisas e descoberto o seu segredo.
Farto de guardar este segredo, resolveu contar toda a verdade e, nesse mesmo dia, falou à população sobre o seu pincel mágico.
Na verdade, desde há muitos anos atrás que tinha o grande sonho de ser um pintor famoso, como o Leonardo Da Vinci ou o Miguel Ângelo, como aqueles pintores que transformavam os seus quadros em quadros vivos, de tão reais que pareciam e belos que eram, mas dos seus pinceis não saiam mais do que desenhos de uma criança. E assim resolveu frequentar uma escola de pintura, mas, por mais que tentasse, não estava a surtir efeito.
Já estava cansado de tanto tentar pintar alguma coisa que o satisfizesse, quase decidido a desistir de ser artista e seguir outro rumo, quando o seu mestre, vendo o desespero em que se encontrava, resolveu entregar-lhe um pincel que dizia ser muito especial: era mágico, bastava só pensar com muita, muita força numa imagem, numa ideia e iria conseguir passá-la sem dificuldade para o quadro.
Estupefacto e desconfiado, o pintor pensou, pensou e pensou com tanta força, que quando o pincel tocou a tela imediatamente começou a desenhar sem parar. E parecia tão autêntico que o quadro ganhou vida. Contente com o que via e para ver se era mesmo verdade, pintou mais outro quadro e mais outro e estes ganhavam vida e então nunca mais parou de desenhar. Era essa a sua verdade.
Boquiaberta e estupefacta, a população não queria acreditar. Afinal, aquele era mesmo um pincel mágico.
As pessoas até não se importaram muito que o pintor não tivesse talento, porque perceberam que aquele pincel só funcionava nas suas mãos e com mais ninguém, era a força da mente do pintor que transformava os desenhos em quadros vivos e todos acabaram por concluir que até gostavam de ter entre eles um artista especial, que transformava qualquer desenho em arte viva.
E começaram a espalhar esta notícia aos quatro ventos. Veio gente de todos os lados para lhe pedir mais e mais pinturas. A pequena aldeia encheu-se de visitantes para ver as suas obras e assim o pequeno pintor acabou muito famoso!

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