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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

http://educacao.uol.com.br/biografias/jean-de-la-fontaine.jhtmJean de La Fontaine nasceu em 8 de julho de 1621. Era filho de um inspetor de águas e florestas, e nasceu na pequena cidade de Chateau-Thierry. Estudou teologia e direito em Paris, mas seu maior interesse sempre foi a literatura.

Por desejo do pai, casou-se em 1647 com Marie Héricart, na época com apenas 14 anos. Embora o casamento nunca tenha sido feliz, o casal teve um filho, Charles.

Em 1652 La Fontaine assumiu o cargo de seu pai como inspetor de águas, mas alguns anos depois colocou-se a serviço do ministro das finanças Nicolas Fouquet, mecenas de vários artistas, a quem dedicou uma coletânea de poemas.

Escreveu o romance "Os Amores de Psique e Cupido" e tornou-se próximo dos escritores Molière e Racine. Com a queda do ministro Fouquet, La Fontaine tornou-se protegido da Duquesa de Bouillon e da Duquesa d'Orleans.

Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís 14. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.

Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.

Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. Morreu em 13 de abril de 1695. A última edição de suas fábulas foi publicada 1693.

O Pincel Mágico



Era uma vez um pintor, pouco famoso como pintor, porque de arte e engenho nada tinha, mas muito famoso como mágico, porque cada quadro que pintava ganhava vida. As pessoas ficavam maravilhadas e impressionadas com tal coisa, pois nunca tinham visto nada assim, mas algumas ficavam muito desconfiadas , e até pensavam que se tratava de bruxaria.
Numa noite enquanto dormia, um grupo de homens entrou dentro de sua casa para descobrir porque é que os desenhos ganhavam vida e encontraram então apenas um pincel. Achando que era aquilo a resposta para aquele estranho caso resolveram roubá-lo.
Quando também eles experimentaram pintar um quadro com o pincel que tinham roubado ao pintor, viram que a imagem não ganhava vida, como as dos quadros do pintor. E, por mais rabiscos que fizessem, nada acontecia. Então, resolveram devolver o pincel, mas continuaram muito intrigados. O mistério permanecia…







No dia seguinte, quando o pintor foi comprar tintas, sentiu que se passava algo de estranho, pois as pessoas olhavam-no de maneira diferente.
Quando regressou a casa para pintar, notou que os seus quadros estavam diferentes. Percebeu que alguém havia remexido nas suas coisas e descoberto o seu segredo.
Farto de guardar este segredo, resolveu contar toda a verdade e, nesse mesmo dia, falou à população sobre o seu pincel mágico.
Na verdade, desde há muitos anos atrás que tinha o grande sonho de ser um pintor famoso, como o Leonardo Da Vinci ou o Miguel Ângelo, como aqueles pintores que transformavam os seus quadros em quadros vivos, de tão reais que pareciam e belos que eram, mas dos seus pinceis não saiam mais do que desenhos de uma criança. E assim resolveu frequentar uma escola de pintura, mas, por mais que tentasse, não estava a surtir efeito.
Já estava cansado de tanto tentar pintar alguma coisa que o satisfizesse, quase decidido a desistir de ser artista e seguir outro rumo, quando o seu mestre, vendo o desespero em que se encontrava, resolveu entregar-lhe um pincel que dizia ser muito especial: era mágico, bastava só pensar com muita, muita força numa imagem, numa ideia e iria conseguir passá-la sem dificuldade para o quadro.
Estupefacto e desconfiado, o pintor pensou, pensou e pensou com tanta força, que quando o pincel tocou a tela imediatamente começou a desenhar sem parar. E parecia tão autêntico que o quadro ganhou vida. Contente com o que via e para ver se era mesmo verdade, pintou mais outro quadro e mais outro e estes ganhavam vida e então nunca mais parou de desenhar. Era essa a sua verdade.
Boquiaberta e estupefacta, a população não queria acreditar. Afinal, aquele era mesmo um pincel mágico.
As pessoas até não se importaram muito que o pintor não tivesse talento, porque perceberam que aquele pincel só funcionava nas suas mãos e com mais ninguém, era a força da mente do pintor que transformava os desenhos em quadros vivos e todos acabaram por concluir que até gostavam de ter entre eles um artista especial, que transformava qualquer desenho em arte viva.
E começaram a espalhar esta notícia aos quatro ventos. Veio gente de todos os lados para lhe pedir mais e mais pinturas. A pequena aldeia encheu-se de visitantes para ver as suas obras e assim o pequeno pintor acabou muito famoso!